quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ALEGRIA NA PROVAÇÃO - Série de exposições em Tiago (1. 2 - 4)

INTRODUÇÃO

É um fato inegável que há uma facilidade imensa em sentir alegria quando as circunstâncias são as mais agradáveis possiveis. É fácil se alegrar quando se passa no vestibular. É fácil se alegrar quando o namorado pede a mão de sua amada em casamento. É fácil se alegrar quando o patrão percebe o valor do funcionário e lhe dá um ótimo aumento. É fácil se alegrar em circunstâncias agradáveis. Mas, Tiago nos mostra um tipo de alegria que vai além das circunstâncias. A alegria na provação. 
   É legítimo se alegrar em circunstâncias agradáveis, mas precisamos aprender a alegria sob a perspectiva de Deus. Paulo, em sua carta aos Filipenses, escrevendo da prisão aos perseguidos cristãos de Filipos, sublinha o fato de era nessas circunstâncias que ele se alegrava e o povo deveria se alegrar. Ele afirma: "... alegrai-vos e congratulai-vos comigo" (2.18) e encoraja aos cristãos Filipenses que completassem a sua alegria (2.2). A carta aos Filipenses é considerada a carta da alegria por conta da atitude de Paulo em aconselhar que os cristãos se alegrassem especialmente no momento em que mais estavam sofrendo afrontas. Essa é uma demonstração prática do tipo de alegria que procede do Espírito Santo (Gl 5.22). 
   Lucas relata o envio dos setenta missionários ao campo e mostra o quanto se alegraram ao ver os demônios se submetendo a eles e Jesus, com um tom de quem quer equilibrar a questão, afirma: "... alegrai-vos não por que os demônios se vos submetem, e sim poruqe o vosso nome está arrolado nos céus". Isso sublinha o fato de que a alegria deve ser entendida e sentida além das circunstâncias. 
   A ênfase de Tiago sobre a temática da alegria é que a tenhamos, também, quando passarmos por variadas provações.  depois que Tiago nos aconselha a considerar como motivo de grande alegria passar por uma diversidade de provações ele nos explica o porque.  É essa pergunta que muitos desejariam fazer para Tiago e hoje teremos a resposta: Porque se alegrar na provação? 

I - A PROVAÇÃO EVIDENCIA A GENUINIDADE DA FÉ

A provação vai mostrar se a fé é verdadeira ou imaginária. Se é uma pseudo-fé ou uma fé autêntica. A provação irá evidenciar se o que aquilo que se diz ou se pensa de Deus nos momentos agradáveis se confirma no caos. Tal qual uma tempestade que desmascara a inconsistência do fundamento de uma casa e revela uma base arenosa; a provação explicita se existe uma fé fundamentada na rocha ou terreno arenoso - o que não é uma fé autêntica, mas superficial. 
   Alguém já disse que: "os mais puros minérios provém de fornos mais quentes". A provação é o forno no qual se prova se a fé é, de fato, pura, real. Se é ouro autêntico ou ouro de tolo. A provação mostra em que bases estamos realmente e quais as nossas reais e profundas convicções.
   Percebe-se pessoas que desmancham-se ante as provações tal qual papel na chuva e outras que se fortalecem como a borboleta em seu nascimento doloroso. Há pessoas que apenas ouvindo a respeito de provações vindouras abandonam a fé que diziam ter e buscam o conforto que nunca terão. É o caso dos pseudodiscipulos que estavam agregados à multidão de discipulos e que pareciam serem bons discipulos, mas não passavam de sanguessugas em busca de Bem-Estar material que, ao ouvirem uma palavra dura de Jesus e a revelação de seus intentos mais íntimos e egoístas, deram as costas para o mestre. Tal atitude revelara tão somente que não havia fé genuína. O rumor de provação os afastara. Covardes!
   Conta-se que havia uma árvore linda e exuberante que chamava a atenção de todos. Ficava perto de outras árvores que não eram tão belas assim. Houve uma tempestade ela foi a única que caiu dentre todas as árvores. Depois se descobriu que a razão de sua queda era que ela era oca por dentro. Os insetos a haviam consumido. Isso é uma figura do que ocorre com quem parece ter uma autêntica fé, bela e poderosa, mas ante a provação se revela oca e sem vida. A provação evidencia a genuinidade da fé.
   Um  dos exemplos clássicos de fé genuína é Abraão. Esperou a vida toda para ter um filho que desse continuidade ao seu nome sobre a terra. Obteve o cumprimento da promessa por meio de milagre e se viu acabar com o seu filho no sacrifício que faria ao Deus que o pediu. Ele chegou a levantar o cutelo, mas a providência divina proporcionou-lhe o animal para ser sacrificado no lugar do filho. Eis o ponto: Abraão foi provado e passou na prova. A provação evidenciou que Deus era maior que Isaque no coração de Abraão. Por isso e por outras que ele é conhecido como o pai da fé.

CONTINUA...     
              

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